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Mostrando postagens de 2015

DUAS FACES DA EDUCAÇÃO

Pesquisando na internet, deparei-me com o texto abaixo que se relaciona muito com o objetivo de meu blog. É um texto do professor José Moran, da Escola de Comunicações e Artes (ECA – USP), que tomo a liberdade de transcrever abaixo. O link original é:  http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/educacao_inovadora/direito.pdf . O texto faz referência a ambas as faces da educação, a educação formativa e a educação sob a ótica administrativa financeira. Da mesma maneira que o prof. Moran, também acredito que deva existir um equilíbrio entre ambas para que possamos melhorar a o processo educacional brasileiro. Segue o texto do professor Moran:       A educação atual: entre o direito e o negócio “Há muitas contradições e tensões na educação. As principais se devem a que em alguns momentos focamos a educação mais como direito – educação para todos – enquanto que, em outros, o foco é a educação como negócio – como bem econômico, serviço, que se compra e vende, se organiza como

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO ADMINISTRATIVA NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

Mário Capp Na última década temos assistido a entrada de grandes redes de ensino adquirindo escolas e consolidando o mercado no Ensino Superior. Na Educação Básica essa tendência também é observada de forma acentuada nos Sistemas de Ensino e em menor escala, mas em crescimento, na aquisição de escolas, que são incorporadas a grupos educacionais maiores, atraídos pelo aumento da participação no PIB do setor educacional. O mercado brasileiro de educação, no que tange ao Ensino Básico, tem características próprias. A maioria das escolas foi fundada na década de 70, em virtude da necessidade das classes média e alta de terem um ensino de qualidade, associado evidentemente a outros aspectos conjunturais do país. Dessa forma muitas escolas surgiram e prosperaram, tornaram-se instituições de porte médio. Se analisarmos a fundo o processo de concepção dessas, veremos que a quase totalidade foi fundada por grupos de educadores, em sociedade, ou por educadores individuais. Muitas del

O NÍVEL DE APROFUNDAMENTO NO ENSINO MÉDIO BRASILEIRO

Mário Capp Fui professor de Biologia no Ensino Médio em grandes escolas particulares de São Paulo. Evidentemente que, com a vivência dentro da área educacional,  muitas concepções que dizem  respeito a o que ensinar modificaram-se. Lembro-me de que nos primeiros anos ensinava todo o processo de Respiração Celular (Glicólise , Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória), com as fórmulas estruturais planas, nomes dos intermediários e os balanceamentos energéticos parciais até se chegar nos 38 ATPs. Preenchia toda a lousa, na época com giz colorido, e via os alunos copiando passo a passo cada etapa do processo. Explicava todo o funcionamento e o martírio dos alunos só  terminava na aula seguinte com uma avaliação na qual eles transcreviam a lousa  para uma folha de papel, que era recolhida e corrigida. Analisando hoje, sinceramente envergonho-me  pelo que fiz os alunos. Que eu me lembre, apenas duas estudantes agradeceram,  tempos depois, pela aula. Eram duas alunas que haviam in

O PIOR ENSINO MÉDIO DO MUNDO?

Artigo de Cláudio de Moura Castro na Veja ,em 6 de maio de 2015 Do ponto de vista de suas regras e formato legal, não consegui encontrar um só pais com ensino médio pior que o nosso. O modelo brasileiro gera péssimos números. Enquanto o Chile universaliza esse nível, no Brasil, menos da metade da coorte consegue completá-lo. Dos que iniciam o curso, só 40% o terminam. Para culminar, em vez de caminhar para a universalização, nosso médio encolhe! Vejamos por quê. 1 – O mais odioso equívoco é impor o mesmo currículo a todos. Os futuros Machados de Assis têm a mesma carga de matemática oferecida aos que serão engenheiros da Embraer. E esses últimos, para entrar em uma boa faculdade, precisam brilhar em literatura. Nenhum país do mundo civilizado deixa de reconhecer as diferenças individuais e oferecer cursos, currículos e escolhas de acordo com as preferências e talentos de cada um. 2 – O excesso de disciplinas é assustador. São catorze as obrigatórias. Na prática, os alunos

FINLÂNDIA OU TIGRES ASIÁTICOS: Qual é o modelo de educação certo para a América Latina?

BBC BRASIL.com 11 MAI 2015 Alejandra Martins A Finlândia deixou o top 10 de matemática do PISA Um pequeno país do norte da Europa, com pouco mais de cinco milhões de habitantes, tem sido um exemplo para outros países na educação por mais de uma década. O desejo de aprender com o modelo finlandês levou o Brasil e o Chile, entre outros, a estabelecer programas de cooperação com professores visitantes. Mas a queda da Finlândia em rankings internacionais como nos testes do PISA - exame internacional da Organização para a Cooperação Desenvolvimento Econômico (OCDE) - levantou dúvidas sobre o sistema do país, que dá enfase à formação de professores e busca se libertar da "camisa de força" do currículo baseado em disciplinas. Para alguns especialistas, o modelo finlandês é um "conto de fadas". Para outros, é o modelo do futuro. Afinal, quem está certo? Chega de 'disciplina' Recentemente, o sistema de educação do país voltou a atrair atenção